segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Jean Wyllys sobre Marcelo: 'Se ele decidiu me tomar como exemplo não vai dar certo'

Amado por uns, odiado por outros, Marcelo Arantes segue no Big Brother Brasil como um dos mais polêmicos participantes.

E ninguém melhor que Jean Wyllys, vencedor da quinta edição e primeiro jogador a assumir publicamente sua homossexualidade no reality show, para comentar a trajetória conturbada do psiquiatra no programa.

No início, o baiano reprovou a atitude de Marcelo dentro do BBB, mas após as brigas com Fernando passou a olhá-lo com outros olhos. Contudo, Jean tem ressalvas quanto à intenção de Marcelo ao revelar sua homossexualidade para o Brasil.

"Ele ter se revelado gay não ajuda em nada ele dentro do programa. Se ele estiver contando com isso para vencer, está ferrado, gays são minoria e ele tem que conquistar a maioria dos corações brasileiros para vencer. A estratégia é um equívoco”, contou o professor com exclusividade ao EGO.

E adicionou: "Se ele decidiu me tomar como exemplo não vai dar certo. Eu ganhei porque eu conquistei os corações brasileiros, não só a comunidade gay. E conquistei pela minha capacidade de ouvir, meu carisma, minha bagagem cultural, minha inteligência, o a fato de ser gay era um plus".

UMA NOVA TROPA DE CHOQUE?

A semelhança entre Marcelo Arantes e Jean Wyllys não se resume à homossexualidade. Assim como o baiano enfrentava a Tropa de Choque (Gê, Giuliano, P.A., Allan e Aline), o mineiro entrou em rota de colisão com o grupo formado por Fernando, sua namorada Natália e - em menor grau - Rafinha. Além disso, ambos tinham suas fiéis escudeiras: Grazi e Pink ao lado de Jean; e Gyselle próxima a Marcelo.

Mas, apesar das coincidências, Jean não acredita que a trajetória de Marcelo se assemelhe com a dele.

"O fato de ser gay me colocou em confronto com eles, aquela turma homofóbica (referindo-se à Tropa de Choque). Isso gerou ares de telenovela marcada por uma situação de injustiça. E o povo, historicamente alijado, não gosta de injustiça e quando pode tenta corrigir. O Marcelo não vai viver a mesma coisa. Não é porque um cara se declara gay que vai ser importante politicamente para a militância, para quem luta pelos direitos dos homossexuais", diz.

"Pode ser que ele ainda se torne esse cara, esse representante. Mas paira sobre o Marcelo uma desconfiança sobre o caráter dele, desconfiança sobre quando ele saiu do armário. Existe uma certa rejeição", finaliza.
(EGO)

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Só se fala de Marcelo, nos jornais impressos, nos Blogs, nos sites.
Não o acho do mal, nem do bem.
Vejo Marcelo como um jogador, um grande jogador.
Erra, acerta, se apagou e ressurgiu.
Se é merecedor do prêmio eu não sei.
Por mim não.
Mas é por conta dele, sem dúvida, que o BBB8 aconteceu.