sexta-feira, 18 de abril de 2008

Rafinha e Marcelo: OPOSTOS!!!!!

Triste e quase sem sair de casa, Rafinha pouco lembra o jovem risonho que conquistou o País
Sabrina Grimberg

Rio - Quem não tem garante: dinheiro traz felicidade. O campeão do ‘Big Brother Brasil 8’, Rafael Ribeiro, o Rafinha, é a prova de que o ditado não é tão verdadeiro assim. Três semanas após o fim do reality show, O DIA marcou encontro com o ex-verdureiro para mostrar o sucesso que ele faz com as adolescentes.

Ao lado da namorada, Luísa Blatter, e do irmão, Samir, Rafinha chegou para a entrevista, quarta-feira, após passar a tarde gravando a Rádio Pinel, do programa ‘Mais Você’. Por sua rotina intensa, a idéia era ir ao quarto para mostrar suas malas de viagem e descobrir como aquele menino risonho encantou o Brasil.

De cara, o ‘brother’ rejeitou a proposta, alegando que abriu as portas de sua casa, em Campinas, mas a experiência foi ruim. Rafinha seguiu, então, para a piscina, no 16º andar do Hotel Windsor, na Barra, onde se hospeda quando vem a trabalho para o Rio.

De olhar triste e longe daquele jeito moleque que conquistou 50,15% de 75 milhões e 637 mil votos na final do programa, Rafinha fala cautelosamente, pesando as palavras e sério, muito sério. “Saiu muita coisa na imprensa que me deixou chateado. Fico até com receio de conversar com vocês, porque não estão me respeitando. Recebi gente até na minha casa, para depois meterem o pau em mim. Quando olho para vocês, não tenho como dar sorriso”, desabafa.

“Nem o pessoal da minha cidade falou bem de mim. Disse que o sucesso tinha subido à cabeça. Atendi umas 200 crianças na minha casa, doente, com dor de garganta... Cheguei a perder 5 kg e o pessoal lascando a lenha em mim. Falaram que mostrei o dedo para os fãs e eu não tinha nem saído do hotel naquele dia”, completa.
Nem o dinheiro enche os olhos do roqueiro: até agora ele não encostou no R$ 1 milhão do prêmio. Sua maior compra foi um iPod, com o lucro que tem tido com novos contratos. “Nem vou encostar nessa grana. Pretendo fazer dinheiro trabalhando. ‘Rádio Pinel’, minha banda, fiz desfile em Curitiba e tenho outro em Natal”, enumera ele, que dedica grande parte de seu tempo para conversar com fãs na Internet.

Mesmo depois de 20 dias longe da TV, o assédio não diminuiu em nada. Hospedado de frente para o mar, ele conta que há duas semanas tentou ir à praia, mas não conseguiu chegar perto da areia. “Queria conhecer o Cristo, mas ainda não consegui”, conta. No fim do ensaio, com a vista da Praia da Barra ao fundo, foi sugerido a Rafinha que pulasse do alto do parapeito em direção ao fotógrafo. O irmão gritou de longe: “Pula para cá!”.

O que poderia ser uma brincadeira ganhou tom de preocupação com a resposta séria de Rafinha: “Se eu pudesse, eu pularia para lá”. Ele repetiu o salto mais duas vezes, pediu para encerrar e partiu. Antes, sempre educado, deu autógrafos e se despediu.

Fã incondicional do campeão, a estudante Fernanda de Carvalho, 12 anos, acompanhou a entrevista e tirou sua conclusão: “Amo o Rafinha, ele é lindo demais, mas ele está bem triste”, comentou, perplexa. “O carinho das pessoas é que está me mantendo de pé até agora. Essa fase pode acabar daqui a pouco, porque sou um ex-‘big brother’, sei que isso acaba”, analisa ele.

(O DIA)



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'Brother' Marcelo adota o Fogão no Rio
Psiquiatra visita o gramado do Maracanã e compara jogo do Big Brother com o futebol




O Botafogo ganhou mais um torcedor para a decisão da Taça Rio, domingo, contra o Fluminense: o psiquiatra Marcelo, considerado por Pedro Bial como “o maior protagonista” da última edição do Big Brother Brasil. De mudança para o Rio de Janeiro, o mineiro de Uberaba resolveu adotar o Alvinegro na nova cidade.

A convite do GLOBOESPORTE.COM, Marcelo visitou o Maracanã na última quinta-feira e, vestido com a camisa do Botafogo, teve a chance de pisar pela primeira vez no gramado e dar uma espiadinha até nos vestiários. No estádio, onde havia entrado apenas uma vez há 20 anos, explicou por que escolheu o clube de General Severiano:

- O Botafogo é o time mais injustiçado do Brasil, assim como eu fui no Big Brother – diz, rindo, o brother, que deve voltar ao campo no domingo para ver a partida.

Em Minas, Marcelo é torcedor do Atlético-MG. As cores em comum também o influenciaram na opção pelo Botafogo. Na família, pressão botafoguense: o tio Juninho e o irmão Paulo são fanáticos pela equipe. No melhor estilo de sua participação no BBB, o psiquiatra aproveitou para mandar um recado de apoio aos jogadores para a decisão com o Tricolor (assista no vídeo).

- Sempre gostei muito do Garrincha, mas não o vi jogar. Mas sei que ele foi um dos maiores, era um gênio. Li muito sobre ele, conheço sua história. Também sou fã do Nilton Santos. Como passei a morar no Rio, resolvi adotar o Botafogo também. Vim para dar sorte - afirma o ex-BB, que fez questão de tirar fotos com a placa de Garrincha na Calçada da Fama na entrada do Maracanã.

Na casa, Marcelo não pôde acompanhar a decisão da Taça Guanabara, quando o Bota foi derrotado pelo Flamengo por 2 a 1 e houve muita polêmica por causa da reclamação dos alvinegros com a arbitragem. Como provocação, os rubro-negros criaram música para debochar do “chororô” do rival. O psiquiatra evita analisar os jogadores, mas dá conselhos para o time manter a calma:

- Em campo, os atletas têm que ter inteligência emocional, equilíbrio, controle, para dar o passe certo, conseguir o entrosamento necessário, para chegar lá e vencer. É por aí – ensina.

BBB e o futebol

No Big Brother, a frase mais repetida pelos participantes é a famosa “isto aqui é um jogo”. Marcelo foi um dos principais jogadores da última edição do BBB, protagonista das principais polêmicas e brigas.

Primeiro, afirmou que era homossexual. Em seguida, discutiu feio com Fernando e Thatiana, e acabou ficando isolado na casa. Sua única amiga era Gyselle, com quem também acabou brigando. Após levantar a bandeira gay, revelou que estava apaixonado por Gy, o que levou Pedro Bial a defini-lo como bissexual.

Se o programa é um jogo, o futebol também é. E Marcelo analisa as semelhanças: afinal, o programa é de pontos corridos ou um mata-mata?

- É mais ponto corrido, apesar de ter um pouco dos dois. É ponto corrido porque você vence em cima do erro do outro. Você nem precisa ganhar, mas não pode perder. São jogos com seres humanos, e tem que haver tática nos dois – compara.

Estudioso, o “brother” mostrou conhecer a história do Marcanã. Fã de Nelson Rodrigues, sabe que Mário Filho, jornalista que dá nome ao estádio, era irmão de Nelson.

No programa, o psiquiatra ficou famoso por “dizer a verdade na cara das pessoas”, como gostava de falar. Não à toa, se identifica com dois jogadores desse estilo:

- Gosto muito do Romário e do Edmundo.

Porém, reconhece, futebol não é o seu forte:

- Na escola eu jogava handebol. Alguns nascem para pensar, outros para agir – filosofa, com bom humor.