quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Diego Alemão


"Pegador ou não, eu vou devagar", diz Diego Alemão

Em entrevista, o ex-BBB fala da fama de conquistador e da nova fase na carreira

Thaís Kuzman


"Agora estou mais quietinho, tranqüilo e seletivo", diz Diego Gasques, paulistano de 27 anos que ganhou uma gigantesca fama de conquistador – além do prêmio de R$1 milhão – ao vencer a sétima edição do Big Brother Brasil. Depois de três meses de vasta exposição no início de 2007, o administrador de empresas que ficou conhecido como Alemão, tentou se manter na vida artística com um quadro no Fantástico, que foi muito criticado e saiu do ar em agosto do ano passado. "Eu não estava preparado para aquilo", conta.


Agora, Diego tem uma nova chance de se manter na TV. E falando do assunto que ele mais entende: o reality show BBB. O aspirante a apresentador foi convidado para comandar os programas "Nem Big Nem Brother", que estreou na semana passada, e "A Eliminação", que vai ao ar em janeiro. Nesta entrevista, Alemão fala sobre a nova fase da sua carreira, a fama de pegador e a vida no Rio de Janeiro.
Confira os melhores trechos


QUEM - O "Nem Big Nem Brother" estreou no dia 11. Como foi voltar para a TV? Sentiu um friozinho na barriga?
Diego Gasques - Frio na barriga é natural quando a gente vai começar um trabalho novo, não é? Mas na hora do 'vamos ver', passa tudo e você tem que trabalhar, tem que ser profissional. O que esse programa tem de legal é que eu fui falar com o povo nas ruas e tive uma receptividade imensa. As pessoas se abrem mesmo comigo, se divertem, não estão nem aí para a câmera. Depois da estréia, o feedback que eu tive tanto do Multishow, quanto dos meus amigos, familiares e pessoas que vem falar comigo nas ruas foi muito positivo. Até eu, que sou bem crítico, gostei de como tudo ficou. Acho que esse trabalho é realmente um aquecimento para o que a gente vai fazer em "A Eliminação", que começa em janeiro, e é um ponto forte da cobertura do canal para o “Big Brother”.

QUEM-Como foi esse tempo que você ficou afastado da tela?
Diego-Passei esse tempo tentando me aprimorar, fui buscar contatos e maneiras de me preparar para voltar para a televisão. Também viajei bastante pelo Brasil, fiz muita presença vip em eventos. Além disso, tenho patrocinadores que acreditam em mim desde que eu saí da casa do Big Brother e, por isso, vira e mexe eu faço catálogos e outros trabalhos para eles. Fora a correria, o por trás das câmeras... porque é difícil voltar ao ar tentando fazer algo diferente da maioria dos 'brothers'. Alguns conseguiram voltar pra TV, outros não. Eu estou voltando em um canal bacana, no qual eu acho que vou ter um futuro.

QUEM-Depois de aparecer por três meses 24 horas por dia na TV e ser tão assediado, você sentiu falta da exposição?
Diego-Na verdade eu não senti falta de ficar aparecendo não... mas acho que estar na TV acabou se tornando algo natural para mim, algo do qual eu não poderia fugir. Não pela exposição, mesmo porque você não deixa de ser famoso só por não estar no ar, você sai às ruas e ainda é conhecido. O que eu queria era fazer algo que me desse prazer. Agora estou aprendendo a fazer televisão, tanto na frente quanto atrás das câmeras, e isso me estimula muito.

QUEM-Quando você recebeu o convite para se tornar apresentador do Multishow, pensou nas criticas negativas que recebeu na época em que fez o quadro "Paredão do Alemão" no "Fantástico"?
Diego-Sim, lógico... todas as críticas são bem-vindas. Na época do "Fantástico", a coisa não funcionou mesmo. Me colocaram em um projeto no qual eu não poderia participar de nada. Quando eu saí do "Big Brother", o pessoal começou a me contratar para um monte de trabalhos e eu pensei "vamos ganhar dinheiro". Então, estava sempre na correria para gravar o quadro: eu chegava, me mandavam fazer e eu fazia. Não ficou bacana e foi cancelado até para me proteger, pelas críticas e também pela exposição, porque eu não estava preparado para aquilo.

QUEM-Isso te desanimou de alguma forma? Você achou que poderia ficar fora da TV de vez?
Diego-Não me desanimou em nada. Até me estimulou a me provar, a buscar melhorar. Eu conversei com muita gente, entendi melhor o sistema, me inseri nele novamente, mas em um formato diferente. Não quis ser ator, e também sofri por causa disso... muita gente me falava que eu deveria atuar. Até penso em fazer um curso para melhorar minha desenvoltura na hora de apresentar, mas estou focado em tentar fazer algo que o público jovem tenha interesse. Não deu certo na primeira, mas a gente tem tempo, está trabalhando e devagarzinho, estou conseguindo.

QUEM-Você está morando no Rio de Janeiro, já se acostumou a ficar longe da família?
Diego-Eu amo São Paulo, amo minha cidade [Diego é de Santo André, no ABC Paulista]. Mas adoro morar no Rio... É gostoso demais acordar e ver a praia, isso não tem preço. Na verdade até tem, né? (risos) Só que nem desço na frente de casa [na Barra da Tijuca], porque os caras batem foto. Procuro sair dali... às vezes vou surfar na Prainha, ou pego onda na Reserva . Adotei o Rio mesmo e me sinto um privilegiado de poder morar ao mesmo tempo em São Paulo (risos). Até brinco que não sou mais paulista e nem carioca... sou paulioca. Sobre a família, como estou sempre viajando, faço muitas visitas e a gente vai matando as saudades. Primeiro, preciso saber o que vai ser de mim, que rumo as coisas vão tomar, se eu realmente vou ficar produzindo no Rio. Quando tudo isso for definido, o que deve demorar um aninho e meio, dois, aí a gente decide direitinho. Mas se eu for ficar no Rio, vou ter que levar a minha família (risos).

QUEM-O que mais mudou em você desde que saiu do "Big Brother" no ano passado?
Diego-Eu estou muito mais maduro, tenho muito mais noção. Ali, quando eu entrei na casa do BBB, não tinha a menor idéia do que eu estava vivendo, para te falar a verdade (risos). Hoje eu já sei exatamente onde pisar, ou melhor: sei onde devo ou não pisar... o que eu devo ou não responder. A minha vida foi muito exposta no momento em que deixei o confinamento e eu não sabia muito bem como lidar com isso. Acabei me expondo demais. É lógico que existe um interesse, mas agora eu deixo a minha vida pessoal em um cantinho. Até cheguei a terminar um namoro publicamente, são erros que não voltam mais. Acho que a forma de me relacionar com as pessoas é a mesma, mas a maneira como deixo minha vida ser mostrada para o país é muito diferente hoje. Aprendi que a minha vida não pode ser um Big Brother.

QUEM-Você acha que a forma como O namoro com a Iris [Stefanelli] terminou afetou sua carreira na TV ou a imagem que o público tinha do Alemão?
Diego-De forma nenhuma. Não afetou nada, não. Eu compro algumas pesquisas para avaliar a minha imagem. Essa é uma ferramenta de venda minha – não só para a Globo, mas para empresas que querem me contratar. Então, sei que o fim do namoro não afetou minha imagem, que as pessoas ainda gostam de mim, acreditam em mim. É lógico que uma parte do público que ficou chateada, achando que foi uma espécie de traição o que aconteceu. Nem gostaria de comentar mais sobre o assunto.

QUEM-Apesar de dizer que hoje você é um cara mais reservado, sua fama de pegador continua. O que isso tem de verdade?
Diego-(risos)Eu sou um cara solteiro, estou na pista, né? Quietinho... mas eu brinco um pouco. Até costumo dizer que enquanto eu não acho a certa, me divirto com as erradas. Daqui a pouco aparece alguém para mim. Agora estou mais focado no trabalho mesmo, então fica mais difícil pensar em um relacionamento. Isso não quer dizer que eu não estou aberto. Pegador ou não, eu vou devagarzinho. Sou tranqüilo. Depois que acabou o meu namoro [com a Iris], peguei um pouquinho mais pesado, e saí passando o rodo aí. Agora estou mais calmo, tranqüilo e seletivo.

QUEM-Voltando um pouco ao Big Brother, sobraram amizades da época do confinamento?
Diego-Claro! Eu falo muito com a Fani, com a Flavinha e o Fernando [Justin] – sou padrinho de casamento deles. Com a Iris faz um bom tempo que eu não falo, mas também ficou uma boa amizade. Parece que ela está namorando um rapaz que não gosta que ela fale com os outros, mas eu tenho um carinho muito grande por ela. São pessoas especiais que passaram na minha vida. Até para o próprio Alberto, com quem eu nunca mais falei, nunca mais vi, eu desejo tudo de bom.

(QUEM)